martes, 13 de mayo de 2014

[Rússia] Anarquistas de Moscou participam da reconstrução do museu Kropotkin, em Dmitrov


Em Dmitrov (numa cidade próxima a Moscou), onde viveu Piotr Kropótkin os últimos anos de sua vida e faleceu, em 1921, acontece, há quase 25 anos, as tentativas de reativar o museu deste grande anarquista. Em 1992, a casa de Kropótkin foi declarada um museu. No início da década de 2000, a casa foi demolida como “velha” e em seu lugar, durante longos anos, estavam construindo uma cópia nova, idêntica à casa antiga. Os esforços de alguns historiadores locais e os apelos de a
narquistas clamando pela reabertura do museu foram insuficientes, devido à inércia da burocracia e à falta de interesse da administração local e do museu histórico da cidade em perpetuar esta parte importante da história, o legado de Piotr Kropótkin.
 
Porém, nas últimas semanas a reconstrução da casa acelerou: foi finalizada a reforma superficial, a rede elétrica foi instalada e começou-se a preparação do material expositivo do futuro museu. Segundo os organizadores do museu, alguns cômodos terão caráter memorial e uma das salas será dedicada à história do anarquismo e ao anarquismo contemporâneo (inclusive, planeja-se o uso da internet). Formalmente, o museu de Kropótkin pertence ao museu histórico local, mas seus organizadores se interessam pela personalidade de Kropótkin e por suas ideias. Portanto, esperamos que, apesar da repressão crescente na Rússia, o museu de Kropótkin, assim como Priamúkhino (local de nascimento de Bakúnin), seja uma chama viva do renascimento das práticas e das teorias anarquistas.

Em 4 de maio passado, um grupo de anarquistas de Moscou foi para Dmitrov e participou do plantio no terreno do futuro museu. Cavamos, plantamos, recolhemos lixo... Frequentemente, perguntam a anarquistas: O que fazem? Pegam na enxada? Respondemos: “Claro que todas as formas de apoio ao museu são bem-vindas, desde ajuda financeira até a participação em mutirões e de instalação das salas de exposição e da organização das visitas guiadas. Também pegamos na enxada” (risos).




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